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CONSULTORIA DE MARCAS DE DESIGN
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A Quinta da Mata tem este nome porque nestas terras existiu realmente uma mata muito grande (cerca de 150 hectares), que durou durante pelo menos 700 anos, desde a fundação do Reino de Portugal no século XII, até ao início do século XX.
Nesta mata existiam milhares de árvores de grande porte, principalmente castanheiros, sobreiros e carvalhos, alguns certamente centenários.
A mata estava inserida num extenso território chamado a Comenda de Dornes, perto de Tomar e do rio Zêzere, que D. Afonso Henriques doou à Ordem dos Cavaleiros Templários.
Os Templários foram um grupo de cavaleiros provenientes de vários países da Europa, que na época da Primeira Cruzada, um século antes da formação do Reino de Portugal, formaram uma Ordem de freires, que tinha a permissão especial do Papa para usar armas nas guerras contra os Árabes.
Através da doação de muitas Comendas no Centro de Portugal, D. Afonso Henriques e os reis que lhe sucederam, conseguiram consolidar e controlar a fronteira meridional do reino de Portugal, que nessa época se situava aproximadamente ao longo do rio Tejo.
Em 1312 a Ordem dos Cavaleiros Templários foi extinta porque acusada de heresia, mas sete anos mais tarde, em 1319, foi refundada em Portugal pelo rei D. Dinis, com um novo nome: Ordem dos Cavaleiros de Cristo. O Administrador da Ordem dos Cavaleiros de Cristo passou a ser o Rei de Portugal.
A área da mata foi diminuindo nos séculos pela procura crescente da madeira, mas as características naturais mantiveram-se, porque sempre foi cuidada com a máxima atenção e protegida com o máximo rigor.
Todos os donos que se sucederam na administração da mata, reconheciam a importância da mata para a manutenção do ecossistema e para o aprovisionamento sustentável de madeira. Existem documentos dos séculos XV e XVI que comprovam por exemplo a utilização de madeiras provenientes desta mata para várias obras de conservação e ampliação do Convento de Cristo em Tomar, que era a sede da Ordem dos Cavaleiros de Cristo.
O Infante D. Henrique e o Rei D. Manuel, grandes impulsionadores da expansão marítima portuguesa, foram Administradores da Ordem de Cristo, portanto é muito provável que a madeira desta mata tenha servido também para a construção de navios utilizados nas viagens de descoberta.
A administração da mata tinha a forma jurídica de um Couto, ou seja, uma mata controlada, em termos de preservação da flora e da fauna, e uma reserva senhorial de caça. Existia na mata um couteiro, funcionário do rei, que vigiava percorrendo a cavalo todos os caminhos da mata, com um cão, uma lança e uma buzina. Tinha o poder de passar multas a quem fosse apanhado a cortar árvores ou roubar lenha, deixasse o gado pastar, fizesse lume ou caçasse dentro da mata. Em casos extremos, o couteiro tinha até o poder de ferir ou matar os transgressores. A ninguém, nem mesmo ao couteiro, era permitido cortar árvores ou amanhar terrenos da mata sem a permissão do rei.
Em 1654 o rei D. João IV criou a Casa do Infantado, uma instituição a quem doou muitas propriedades em várias zonas de Portugal, entre as quais a Comenda de Dornes, onde se encontra a nossa mata. As rendas e benefícios destas propriedades serviam para permitir um nível de vida digno aos filhos segundos do rei, ou seja, aos filhos que não iam herdar a Coroa.
Em 1834, a Ordem de Cristo e Casa do Infantado foram extintas. O dono da mata passou a ser o Estado Português, que incluiu esta mata entre as Matas Nacionais (ou Matas do Reino), com o nome de Mata do Circuito, e depois Mata do Cerquito. No entanto, a partir do fim do século XIX, a pressão sobre as matas de Portugal, provocada pelas exigências crescentes da indústria naval e ferroviária e da agricultura e pecuária, provocaram a redução progressiva e rápida desta mata secular, até à sua total extinção, no início do século XX.
Em 1999, quase 100 anos após a extinção da mata, a quinta foi adquirida pelo Sr. Michael Geoffrey Stubbs, que com a sua longa experiência de planeamento regional e botânica, com muita dedicação e perseverança, conseguiu reverter esta situação desoladora, plantando centenas de árvores de muitas espécies autóctones e exóticas. Graças a ele, a mata existe novamente e cresce a um ritmo exuberante.
RESUMO CRONOLÓGICO
Nos sete séculos considerados, a mata foi administrada pelas seguintes entidades:
1159-1319: Ordem dos Cavaleiros Templários.
1319-1654: Ordem dos Cavaleiros de Cristo.
1654-1834: Casa do Infantado.
1834-1900: Estado Português.
Desde 1900: Propriedade Privada.